sexta-feira, 30 de abril de 2010

Matracas

Hontem - e novamente presto homenagem à ortografia tradicional - fomos parar em casa de espetáculos para prestar homenagem a grandes menestréis que mimam nossos ouvidos desde antes de os termos.

Estupendos cantores, em uníssono. Quase perfeição não fora a tradicional e maciça afluência de grosseiros ébrios convencidos de que o espetáculo de suas detestáveis pessoas fora mais importante.

Caríssimos, são esses os poucos momentos em que tenho vontade de sair desta ilha a nado.  Não somente é desagradável como profundamente indelicado para com artistas refinados que nada pedem além de lhes respeitarmos a arte. É uma rua de mão dupla, meus herdeiros, eles entregam o tesouro de suas vozes e em troca nós prestamos atenção. Ninguém é obrigado a comparecer ao concerto e se esses vilões acham que por pagar alguns trocados, que os sustentam modestamente, estariam no direito de posse sobre as criaturas, no direito humilhatório, estão enganados. Fico profundamente envergonhado com essa constante falta de hospitalidade local a cantadores vindos de longe para dividir conosco seus raríssimos talentos; ainda mais com a sensibilíssima alma de artista.

Que tropecem e caiam numa das inúmeras crateras cuidadosamente cavadas pelos contratados do senhor Burgomestre. E que após a queda lá permaneçam, criando toca, que é o seu lugar.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Foram vários

Calor escaldante. Útimo suspiro do horrível verão. Breve aqui de novo.

domingo, 25 de abril de 2010

Pulei um dia


Ora, ora, meus herdeiros. Cá não vim hontem (prefiro escrever essa palavra à moda de setenta anos atrás). Nada havia a consignar. Ao invés, dediquei meu dia ao ócio quase ininterrupto. Minto. Traduzi umas páginas do idioma franco para o nacional.

Prezadíssimos! Como é divertido escrever! Só não o é quando rompe-me a pena, falta caldo de urucum ou estou simplesmente afastado de meus instrumentos de escrita. Nessa hipótese acontece de as idéias quase que transbordarem de minha cabeça, sem haver lugar seguro para repousá-las. Não pode ser em qualquer sítio, como em cima da mesa de jantar: tem que ser neste pergaminho barato cujas resmas o patife mercador me vende em troca de uma peça de oito. Deixá-las por aí é perigoso pois elas são extremamente sensíveis e basta uma distração que são carregadas pelo vento. Carregadas, elas não voltam mais. Conquistam liberdade e voam para a Terra das Idéias Nunca Escritas. Livros e mais livros tiveram esse destino. Personagens e mais personagens, alguns deles interessantíssimos, não conseguiram existir.

Outras saem relutantemente de minha cabeça, como esta. Sentei-me para escrever logo após acordar de meus complicadíssimos sonhos e nada me ocorria, como sempre acontece, nesse período de duas horas que levo até voltar a ser Homem Acordado. Essas devem quase que ser caçadas, ou pescadas com arpão. Talvez seja essa a melhor definição: debatem-se à ponta da haste de ferro, lutando para serem deixadas em paz até serem vencidas, subjugadas e transformadas em letras legíveis por todos. Tal metamorfose é fascinante: aquela nuvem a que chamamos de idéia, tão carente de aspecto definido, perde sua liberdade e é derretida no papel. Ali ela é trabalhada - às vezes muito - até ser entregue aos leitores. Mesmo assim pode ser que algumas de suas outrora vivas carnes ainda sofram de certos espasmos e devam ser imobilizadas. Isso me lembra a saborosíssima carne de tartaruga que provei nas terras amazônicas. Horas depois de o bicho ter falecido para nosso augusto proveito, suas carnes aqui e ali tremiam, como que indignadas pelo fim prematuro de suas normalmente longas vidas ou aterradas pela perspectiva da cocção. As minhas idéias antigas, agora já domadas e lançadas ao papel, vez por outra recebem minha visita e um olhar novo, mais inquisitivo, atento a algum sinal de independência. Quase sempre o encontro, num pequeno tremor, qual o da carne do quelônio. Aí reescrevo, trocando pontuação, suprimindo excessos. Isso me leva a crer - e estou pensando junto com vocês, meus caros leitores - que na realidade essas idéias nunca param de tentar voar. De sua maneira elas sempre pedem atenção, um pouquinho de amor, como todos nós.

O sol vai alto, caríssimos, mesmo que oculto por trás de brancas nuvens a poupar-nos da total incidência de seus quentíssimos raios. Sei que em breve minha augustíssima senhora choramingará de suas entranhas estarem a clamar por alimentação farta e imediata. Devo então buscar outro tipo de inspiração que o da escrita: o da culinária. Se me permitirem a infâmia, diria: essa é sopa!

Talvez volte para cá...


sexta-feira, 23 de abril de 2010

O inferno de volta


Como queima o sol, caríssimos. Não fora o quitandeiro astuto em refrigerar sua quitanda e seus víveres ficariam com qualidade pior que a que normalmente nos vende.

O inferno é algo estranho, prometido pelos deuses infinitamente benevolentes e oximóricos a quem quer que cumpra seus terríveis mandamentos. Seus fiéis não se dão conta disso ou satisfazem-se em nada questionar.

Dois dias atrás, o dono de uma religião qualquer convocou seus contribuintes para um enorme culto em areias cariocas. Sua promessa de paraíso, com pequena aglomeração, transfigurou-se em multidão de milhões e ficou bem mais longe do real inferno que proporcionou aos seus próximos, entupindo as ruas da infeliz cidade de enormes carruagens para dezenas de inacutos, estacionadas por milhas e milhas a tudo entupir.

Ou será ele o demônio disfarçado?

Que nosso burgomestre não caia na mesma esparrela!

Madrugada


E a ilha dorme. Plácidos momentos em que volta à modorra do passado. Não fora a noite e talvez escutáramos, meus queridos herdeiros, o canto longo das cigarras. Qual! De quando em quando zune tal marimbondo ensandecido uma carruagem de duas rodas, pilotada por um desvairado a cem milhas por hora. Morrem às pencas, mas parece que também reproduzem-se às pencas.


Adoro madrugadas, em que tenho paz e não preciso temer obrigações e telefones. O covil é todo meu. Meu tempo de livros e de sonhos acordados, meu tempo de escrever sem sobressaltos.

Infelizmente desta vez o sono está me levando para o catre. Se pudesse, iria até ao raiar do sol, mas amanhã cedo tenho que ir ter com o quitandeiro pois os víveres começam a rarear na cozinha e minha Senhora anda olhando-me de esguelha...

Passei só para dizer hello...


quarta-feira, 21 de abril de 2010

Tiradentes


Hoje é dia de folguedo. Homenageia-se um bravo militar, arrancador de dentes de ofício e alferes de patente que pensou em expulsar daqui os vilões de Europa. Deu-se mal, o infeliz, e acabou enforcado, esquartejado e posteriormente retratado com aparência idêntica ao Nosso Senhor Jesus Cristo. Visitei museus da antiga capital Real e lá constatei a notável semelhança. Dir-se-iam gêmeos.


Ao voltar para meu aconchego, pus-me a refletir sobre a imaginação artística e, com meus botões a exigir algum sentido, ou para piorar a situação, ocorreu-me que inexistia a pintura artística como a conhecemos na época do Messias. Sua imagem então não passava de invenção da fértil cabeça dos retratistas. Já na época de Joaquim José - nome do tal herói - já existiam. Sua semelhança então seria coincidente ou proposital. Perdido em dúvidas, acabei por adormecer, sonhando com meus tempos de militar, em Inglaterra.


Acordei suado (era Inferno ainda) lembrando-me com que insistência, em tempos militares, meus superiores exigiam cabelos de tamanho razoável. Para tal há várias razões, sendo que a mais evidente seria proporcionar uma aparência de limpeza e disciplina aos soldados. Outra hipótese seria que cabelos longos atrapalhariam na hora de mirar o mosquetão. A derradeira, e mais plausível, seria de deixar menos espaço para a incômoda companhia de piolhos e outros insetos, eternos confidentes dos soldados.


Isso, entretanto não satisfez a coceira instalada em minha mente e depois de muito pensar, lembrei-me que na pintura que mais me impressionou, jazia o sonhador Alferes já devidamente enforcado e partido em pedaços com cabelos e barba compridos. Homessa! A muitos enforcamentos compareci e em todos o condenado estava absolutamente tosado. Cabelos e barbas atrapalham o correto posicionamento da corda. Enforcar também é arte.


A essas alturas dei-me conta de haver-me levantado de meu escarrapacho às areias da praia e -posto a caminhar imerso em considerações - estava a milhas do ponto de partida, o sol se fazia baixo nas areias de Cambury e sentia-me sedento e faminto. Sou por natureza um pouco distraído.


Voltando então à imagem divina supliciada, entendi a profunda política que envolve um herói da pátria. A ordem é transformá-lo em Deus merecendo ou não. Mesmo assim, o Senhor tem seus 52 domingos por ano enquanto que ao dentista coube um único feriado. Seria isso justo em um lugar onde dizem que igreja e estado são separados? Aí veio a meu espírito a força da tradição e contentei minha velha iconoclastia, forjada na constatação do cinismo humano.


Pensei então em todos os heróis que conhecia e em todos percebi que a arte e a história lhes havia coberto de divindade. Uma francesa, que nunca chegou perto de fogueira, teria morrido queimada, apesar de certos relatos a apresentarem terminando seus dias velha, realizada e cercada de filhos no conforto de um bom lar. Essa francesa, acreditem, virou santa! Diplomada pelo Vaticano, impaciente em boas relações com a França após os estremecimentos da Revolução e de Monsieur Bonaparte... Outro, famoso rei, teria declarado a independência de seu país em meio a diarréias provocadas por aguda bebedeira, às magens de um riacho onde se lavaria após as longas peristalses ao invés de heróico brado retumbante de grandeza. Outro...


Os políticos são terríveis. Aterradores são os subterfúgios de que se valem esses cavalheiros para que acreditemos no que querem. Moldam a História e criam mentiras para que a gentalha faça um juízo melhor dos lugares onde mandam, onde a realidade é a rotineira dos dias-a-dias de sempre e cujos heróis foram pouca coisa além de cidadãos como nós. Desfrutemos então do único feriado deste lugar que seja dedicado a um homem como nós, sonhador e honesto, de carne e osso, mesmo que desmembrados após sua morte. Pensemos em sua imagem não como a de Jesus Cristo, mas como daquele padeiro amigo, ou do policial na calçada. Um homem como os outros. Seu valor foi seu sonho e por ele foi supliciado, não pela imagem que afoitos artistas criaram para agradar à falsa História Pátria.


Pobre Tiradentes, a revolver-se nos muitos lugares onde enterraram seus restos, de raiva do que fizeram com ele...

terça-feira, 20 de abril de 2010

Tiro e queda


Pior do que tiro e queda nesse caso bem específico, é antes levar uma trombada de outra carruagem, a caminho do boticário. Nada grave, though.
Pois o cruel cirurgião condenou-me às tais torturas severíssimas a serem levadas a efeito em sete dias. Antes disso, extrair-me-ão pints de sangue para não se sabe que propósitos de magia. Sobrevivendo este infeliz bretão quer o físico que um de seus colegas abra-lhe o ventre e corte um pedaço do estômago afim de que perca peso de modo drástico. Só por andar ele (eu) um pouquinho acima do peso. Argumentou que o tal procedimento, recomendado outrora para gordos morbidamente imóveis em colchões achatadíssimos e só deslocáveis por guindastes seria agora apropriado para os meros obesos.
Minha senhora já me proibiu de sequer pensar nisso e transformou-se em torturadora-mor, prometendo magros repastos e exercícios diários. Nisso tem razão a doce criatura. Em ambos casos teria que fazer regime, que o faça então sem me faltarem metade das tripas.
Estou acabado, caríssimos. Derrotado.
Meu reino por um leitão assado!


segunda-feira, 19 de abril de 2010

Médicos


Enfrentei os mares mais bravios, os ventos mais fortes. Combati piratas, feri e fui ferido. Matei (mas não fui morto, claro...). Fugi de selvagens que queriam jantar meus miolos. Fugi dos cobradores de impostos do Rei da Bretanha. Naufraguei oito vezes.
Nada disso se compara ao que me espera amanhã!
Ida ao médico, para que ele me diga que devo fazer tudo o que não faço e deixar de fazer o que faço; comer o que não como e deixar de comer o que como e ainda por cima fazer exercícios terríveis num aparelho de tortura, conectado a fios.
Estou apavorado, caríssimos!

domingo, 18 de abril de 2010

Tesouros na ilha?


Caríssimos.
Estive a estudar a história deste quinhão tropical e muito aprendi. Por exemplo: para cá vieram muitíssimos piratas. Em busca do quê é um mistério pois naquele tempo as matas estavam nos calcanhares dos insulares, cheias de selvagens, feras, insetos, charcos, pântanos e desânimo generalizado. Aguada, alguma. Mesmo assim bastando somente para saciar a sede dos poucos portugueses do local. Minas? Só de areia ou granito. Concluí então que para cá vinham para enterrar tesouros! Disso fiz parte ao burgomestre de então que riu-se de mim. Esqueci o assunto até uns anos atrás quando iniciou-se febril esburacamento do lugar. Incessante. Deixam buracos abertos e partem para outros.
Faria sentido minha imaginação?

sábado, 17 de abril de 2010

Cidade


Escarnecem, caríssimos, certos energúmenos quando alguns d'entre nós comentam que vão ou foram à cidade! "Tolice", latem do fundo de sua inocente ignorância. "É centro", continuam com o doce sorriso apedeuta aos lábios.


Pois a falta de informação dá nisso. Repetem o que periodistas - sempre preocupados em produzir muitíssimo sem tempo para o estilo - dizem. Qualquer cidade parte de um núcleo que pode ser central, mas no caso desta ilha, ficou meio de lado. A cidade cresceu assimetricamente - como toda cidade à beira-mar - e um de seus extremos pode distar milhas do lugar em que foi fundada; enquanto o outro fica ao lado. Pertinho do que seria o "centro" daqui, ameaçam os vizinhos de Saint Torquato e de Paul - que, pelo nome, deve ser inglês - em outro feudo. Então cabe sentido em chamá-lo de "cidade". Um morador do condado daquele afastado extremo que mencionei e cujo nome agora revelo, Cambury Gardens - se é assim mesmo que se chama o verticalizante lugar, em épocas priscas, mas não muito longínquas, precisava reservar um dia inteiro para a aventura de comparecer a uma repartição Real na nada central Vitória.


Tudo isso posto, acho lindo dizer-se: "vou a Vitória", incomparável, poético e sumamente preservável. Tradições fazem um povo, meus herdeiros, geram cultura.


Se não bastassem essas observações, caríssimos, cabe lembrar que a tal expressão é poliglota: em francês, inglês, espanhol e quiçá italiano. Já os germânicos, que ao contrário dos povos anteriores, acostumados aos litorais e com suas cidades esparramando-se prazeirosamente ao longo de belas praias, referem-se ao núcleo mesmo. Ficam bem mais tranquilos assim na sua rígida e regulatória disciplina. Devemos nos lembrar também que praias merecedoras de tal nome lá não as há, com exceção dos gélidos e abandonados areais fronteiros ao Mar do Norte, ao largo dos quais muitas embarcações da eficiente liga Hanseática encalharam. Os pobres, então, acorrem com grande urgência em seus dias de folga às dos outros, fiquem onde ficarem, para se dourar ao sol, qual leitões, ingerindo notáveis quantidades de cerveja para bem temperar a carne.


Se lhes fosse, alíás, solicitada sua opinião a respeito dessa discussão, olhariam para o interlocutor espantadíssimos por alguém dos belos trópicos perder tempo de boa bebida com esses assuntos...

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Meu pobre mestre


Todo dia olho para ele: solitário, em sua imensidão estática.

Foi meu primeiro ponto de referência nesta terra, logo após voltar a mim, exausto de minhas braçadas no mar revolto rumo à salvação nas dolorosamente grossas areias desta ilha. Vi-o na distância azul, assim que consegui por-me de pé. Inicialmente confundi sua solitária imponência com um vulcão e preocupei-me com possíveis erupções - como as que testemunhei nas Caraíbas ou nas ilhas batavas do sudeste asiático- mas logo percebi ser inofensivo e tímido monólito.

Para onde fosse, em minhas primeiras explorações, procurava-o e sua majestosa presença sempre me guiou. Protetor de seus vizinhos bastava o Mestre colocar um chapéu de nuvens que incontinenti os insulares armavam-se de guarda-chuvas, galochas ou até botes (para os moradores do condado de Bento Ferreira). Era nosso amigo.

O tempo passou e foi particularmente cruel para com o velho e abnegado referencial insular. Perdeu sua precisão, vencido pelo intenso povoamento da ilha, que com suas novas torres modificou seus outrora puros ares e virou os ventos. Confuso, passou a lançar falsos alarmes, deixou de ser confiável e teve que aposentar-se que, como sabemos, é algo terrível neste Reino.

Uma pena.

Pobre morro do Mestre Álvaro em cujo chapéu confiava-se cegamente. Hoje esse adorno não passa disso ...

Jaz o morro, lá nos confins de nossa vista, ainda magnífico na sua obsolescência meteorológica, aguardando que os novos ventos, que lhe furtaram o ofício, desgastem-no além das memórias futuras.



Imortalizado pelo mestre Raphael San.

Terei eu voltado?


Talvez tenha eu despertado de minha modorra, meus herdeiros. Ontem convocado por velho amigo, fui-me à universidade local para falar de livros a jovens, menos jovens e, sobretudo, aedes-aegypti.
Senti-me saindo do olvido em que náufragos se metem, particularmente os que cruzaram a cordilheira dos cinquenta anos e estão a descer pelo outro lado. Essa descida é sempre rápida.
A gentil audiência constituiu-se em símbolo dos antigos amigos a quem revendia meus livros, mil anos atrás.
Faltou, contudo, sublinhar aquela mágica do texto que não me canso de repetir: intemporal, internacional e poliglota. O autor, tenha ele escrito na língua que for, na época que foi ou onde quer que tenha sido sempre encontra uma maneira de confidenciar ao seu leitor, naquele mergulho que mil garrafas do melhor rum do Caribe são incapazes de provocar...


Tempus fugit


Passam-se os anos, caríssimos e velas amigas não vejo ao horizonte. Abandonado estou e abandonado ficarei nesta estranha ilha a que já chamo de lar.
É claro que sempre entranharei o clima, suas duas e únicas estações que mencionei anteriormente - ao invés das quatro bem marcadas de minhas ilhas britânicas - verão e inferno.
Grande foi o sofrimento deste pobre saxão no último inferno. Não havia tréguas nem refúgios. Os artificiais que consistem em engenhoso resfriamento de ar é cobrado em bolsas de ouro todo mês pelo responsável por sua energia. Não há como florescer neste canto algo além do lazer, da sombra e da água de côco.
Pois que o seja, ora bolas, e que fiquem armadas as redes, localizadas as boas sombras e esquecidos os aborrecimentos.