sexta-feira, 23 de abril de 2010

Madrugada


E a ilha dorme. Plácidos momentos em que volta à modorra do passado. Não fora a noite e talvez escutáramos, meus queridos herdeiros, o canto longo das cigarras. Qual! De quando em quando zune tal marimbondo ensandecido uma carruagem de duas rodas, pilotada por um desvairado a cem milhas por hora. Morrem às pencas, mas parece que também reproduzem-se às pencas.


Adoro madrugadas, em que tenho paz e não preciso temer obrigações e telefones. O covil é todo meu. Meu tempo de livros e de sonhos acordados, meu tempo de escrever sem sobressaltos.

Infelizmente desta vez o sono está me levando para o catre. Se pudesse, iria até ao raiar do sol, mas amanhã cedo tenho que ir ter com o quitandeiro pois os víveres começam a rarear na cozinha e minha Senhora anda olhando-me de esguelha...

Passei só para dizer hello...


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