
Isso vem provar o que comentava: que existe uma conspiração dos elementos. Aquela que faz desaparecer caminhões lentos em estradas planas, desertas e de pista dupla e fá-los surgir nas de serra, lotadas e de pista simples. A praga da pequena fila do banco transformar-se em tortura já que da inocente sacola de pães da pessoa à frente é extraído um volume petista de cédulas - todas a conferir - gerando uma série infindável de documentos a serem autenticados pelo pobre caixa.
Este náufrago, já duplamente infeliz pelo calor e por esses tais elementos fazerem nevar nos antípodas em pleno verão ao invés daqui, já havia conseguido pelo menos driblar a ameaça da chuva pegá-lo - quando em estado de motorista - desprevenido em estacionamento sem marquise: basta ter a todo tempo um guarda-chuva no banco traseiro do automóvel. Nunca choverá.
Pois às vezes nós nos distraímos, queridos herdeiros e esses elementos nos pegam enquanto o diabo esfrega um olho. Dois dias atrás deixei meu veículo aos cuidados do eficiente lanterneiro, para que reparasse a lembrança que um desconhecido Papai Noel havia perpetrado contra seu pára-lamas; não se sabe onde. Hoje, dia da pintura, choveu pela primeira vez em vinte dias !
Quem manda tirar o guarda-chuva do carro?
Em tempo:
O veículo não ficou pronto, a conta que tinha que ser paga hoje não veio pelo correio e, a caminho do banco, já que não há segunda via, choveu e eu estava sem guarda-chuva. Grande dia!