sexta-feira, 16 de abril de 2010

Terei eu voltado?


Talvez tenha eu despertado de minha modorra, meus herdeiros. Ontem convocado por velho amigo, fui-me à universidade local para falar de livros a jovens, menos jovens e, sobretudo, aedes-aegypti.
Senti-me saindo do olvido em que náufragos se metem, particularmente os que cruzaram a cordilheira dos cinquenta anos e estão a descer pelo outro lado. Essa descida é sempre rápida.
A gentil audiência constituiu-se em símbolo dos antigos amigos a quem revendia meus livros, mil anos atrás.
Faltou, contudo, sublinhar aquela mágica do texto que não me canso de repetir: intemporal, internacional e poliglota. O autor, tenha ele escrito na língua que for, na época que foi ou onde quer que tenha sido sempre encontra uma maneira de confidenciar ao seu leitor, naquele mergulho que mil garrafas do melhor rum do Caribe são incapazes de provocar...


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